Imprensa
6 de dezembro de 2020

Porque é importante pesquisar a fonte das notícias?

Por Empresario

Notícias confiáveis

Busque empresas de notícias nas quais confie e possibilite o caro e árduo trabalho das reportagens originais adquirindo uma assinatura. Apoie organizações como o Comitê para a Proteção dos Jornalistas e Repórteres sem Fronteiras, que defendem os jornalistas em risco em todo o mundo.

E sobretudo, crie um lugar para o jornalismo na sua vida diária e use o que aprendeu para fazer algo importante.

No segundo dia, os participantes desenharam quais seriam os objetivos, a natureza e o modo de funcionamento de uma rede de proteção formada por e para jornalistas e comunicadores.

Consequências de um ato irresponsável

Foram colhidas respostas de mais de 1.400 jornalistas falantes de inglês de 125 países, e elas fazem um alerta sobre a profissão.

Se tornou muito comum o atual presidente dos Estados Unidos acusar a mídia jornalística de relatarem mentiras, mesmo que fundamentadas e provadas a veracidade das informações.

Mas, ao atacar a mídia americana, o presidente Trump tem feito mais do que corroer a fé dos seus próprios cidadãos nas organizações de notícias que tentam chamá-lo à responsabilidade.

Ele efetivamente deu a líderes estrangeiros permissão para fazerem o mesmo com os jornalistas de seus países, e até lhes ofereceu o vocabulário para isso. Mas, mais importante ainda, é um ataque ao direito da sociedade de saber, um ataque contra valores democráticos fundamentais, contra o próprio conceito de verdade.

E, talvez ainda mais preocupante, as sementes dessa campanha foram plantadas aqui nos Estados Unidos, um país que sempre se orgulhou de ser o mais tenaz defensor da livre expressão e da livre imprensa. Todos nós sabemos que, a mídia não é perfeita. Inevitavelmente cometemos erros. Somos humanos e falhamos.

Às vezes surtamos as pessoas. Mas a imprensa livre é essencial para uma democracia saudável, e sem dúvida nenhuma a ferramenta mais importante que temos como cidadãos.

Ela fomenta o público, com as informações necessárias para escolher os líderes e a exaustiva supervisão para tentar mantê-los corretos.

Ela registra nossos momentos de tragédia e vitória e fornece a linha de base compartilhada de dados e fatos comuns que nos une.

Dá espaço aos menos favorecidos e corre atrás da verdade para expor os erros e exigir mudanças. Porém, está sob uma ascendente e grande pressão.

O modelo de empreendimento baseado em publicidade que apoiava o jornalismo não deu certo, acarretando a perda de mais da metade dos empregos de jornalismo no Brasil. Mídias sociais como Facebook e Google tornaram-se os mais poderosos abastecedores de notícias e informações da história até hoje, proporcionando desastrosamente nesse processo uma enxurrada catastrófica de desinformação.

E um crescente número de processos de denuncias e a processos por difamação que tende a enfraquecer as antigas salvaguardas para os jornalistas e suas fontes.

Jornalismo nos EUA

No mundo todo, a ameaça que os jornalistas enfrentam é muito mais profunda. O ano passado, para os jornalistas, foi o mais perigoso já registrado, com muitos mortos, centenas de presos e inumerável assediados e ameaçados.

Informações e Imprensa

Estão dentre eles, Maksim Borodin, jornalista russo que caiu morto na varanda de seu apartamento depois de revelar as operações secretas do Kremlin na Síria e Jamal Khashoggi, que foi brutalmente assassinado e desmembrado por sauditas assassinos.

O árduo trabalho do jornalismo acarreta riscos há muitos anos, especificamente em países sem proteções democráticas. Mas o que é diferente atualmente é que essas violências absurdas estão sendo aceitas normalmente e talvez até irracionalmente encorajadas pelo atual presidente dos Estados Unidos, Trump.

Os principais líderes deste país há muito entendem que a imprensa livre é uma das maiores exportações da América. Com certeza, oporiam-se da nossa cobertura e dos segredos que trouxemos à tona.

Porém, mesmo que a política interna e a política externa mudassem, um engajamento simples para amparar os jornalistas e seus direitos permaneceria.

Quando houveram quatro jornalistas que foram mantidos reféns e espancados pelas forças armadas da Líbia, o Departamento de Estado desempenhou um papel importante para assegurar sua libertação.

Operações como essa costumavam ser alertadas por um severo lembrete ao governo agressor de que os Estados Unidos defendem seus jornalistas. A atual gestão, todavia, retirou-se do papel histórico de nosso país como defensor da imprensa livre. Vendo isso, outros países estão visando os jornalistas com um ascendente senso de impunidade.